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domingo, 29 de maio de 2022

Quando o perfeito amor é visível

 

O que é mais importante nos templos, o destaque dos rótulos ou o visível amor de Deus?

Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. (1 João 4:12)

O mundo precisa ver Deus e não os movimentos estratégicos das denominações, cheias de pessoas e holofotes, porém vazias do Seu perfeito amor.

Analisando o ritmo do crescimento eclesiástico, percebendo o admirável e expressivo mundo gospel, ficamos perplexos com os movimentos envolventes na musicalidade, a multiplicação de grupos se aperfeiçoando nas canções de adoração, muitas pessoas mais dispostas ao trabalho social, um número maior de homens e mulheres interessados no aperfeiçoamento e na dinâmica da oratória para melhor transmissão de suas mensagens. Inclusive alguns pregadores se transformando em eloquentes coaches, levando a pregação para o nível motivacional, com a linguagem bem aplicada, mostrando caminhos para  superações, conquistas  e sucessos; sendo que, são oratórias bem diferente das mensagens que denunciam o pecado e invocam o poder de Deus para curas e milagres.  O fato é que, ao mesmo tempo em que a igreja se aperfeiçoa em muitos aspectos, se deteriora nas principais virtudes. Por exemplo: Antes, o fervor, a dedicação do jejum, o temor e a reverência na dedicação cristã, eram práticas normais na vida dos cristãos, pois já faziam parte da sua disciplina e dos bons costumes, porém hoje, um esfriamento espiritual, vem aos poucos se alastrando sobre a igreja, que por sua vez, está perdendo a essência do verdadeiro amor de Deus e até os componentes do fruto do Espírito, do que relata as Escrituras:  Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. (Gálatas 5:22) 
São virtudes em extinção no comportamento dos crentes sem noção do verdadeiro amor de Deus. Triste, mas é uma verdade patente no meio cristão, inclusive perdendo a noção da renúncia, essa,  é uma palavra sendo apagada do vocabulário cristão. Quem hoje se importa em negar a si mesmo? É mais fácil cantar: Me ajude a melhorar, eu sou humano e só sei errar... Quem hoje canta de coração isso: Sim eu amo a mensagem da cruz; até morrer eu a vou proclamar, levarei eu também minha cruz, até por uma coroa trocar...
O que fazer para conter esse estrago que se espalha e se entranha nos sentidos da igreja? Infelizmente, não há como evitar um quadro que já fora profetizado: E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. (Mateus 24:12) O que nos conforta é saber que, a palavra muitos não é o sinônimo de todos, isto significa que, eu e você podemos continuar imunes, quanto a este triste esfriamento.

Ainda que haja uma dedicação plena e a igreja avance com toda dedicação  e cresça envolvendo a massa, num ibope positivo e se tornando aprazível  à sociedade, ainda que se tenha um rótulo de denominação bem destacado no país e no mundo, uma fama admirável e de atrair milhares de pessoas, porém sem a prática do amor, tudo será inútil e a brilhante, famosa e almejada obra poderá continuar, reluzente, crescente, envolvente e aparentemente frutificante, mas não passa de um movimento estratégico, com habilidades motivacionais, numa dinâmica de marketing e de projeções nas redes sociais. 
Cabe a cada ministério a indispensável estrutura, que sempre precisa está acima de qualquer fama de mídia e do poder aquisitivo; somente o amor de Deus pode ser o verdadeiro alicerce da igreja de Cristo. Obviamente o destaque do rótulo terá bastante evidência sem o risco de ser deteriorado, pelo fato de que o amor da igreja é real, a inspiração da palavra, é pelo amor real,  a frutificação é gerada pelo amor real que envolve e quebranta os corações, numa visitação real; a musicalidade procede de uma adoração real, com amor profundo de um Deus real que habita na adoração.
O amor na obra de Deus é tão necessário, que na carta que o Senhor envia ao anjo da igreja de Éfeso cobrando o amor: Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. (Apocalipse 2:4) 
No versículo anterior a carta ressalta o reconhecimento de uma dedicação incansável, porém fora da essência do verdadeiro amor. É como se a igreja tivesse ligada no automático, numa tarefa com muita dedicação e prática, mas sem amor no que estava fazendo. Realmente é necessário rever conceitos e perceber que a obra de Deus só pode ser feita com amor, pois a visibilidade de Deus numa obra, é através do amor em prática: ... se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. (1 João 4:12). Enfim, pra falar de Deus às pessoas e conquistá-las para Cristo, no mínimo é preciso conhecer Deus e consequentemente receber o seu amor: Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 1 João 4:8

Pr. Aroaldo de Oliveira


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