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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A canção e a poesia do meu pranto!

Sou feliz, quero afirmar que realmente sou feliz, mesmo tendo motivos para chorar. 
Sou verdadeiro, mesmo sendo obrigado pelas circunstâncias, a omitir verdades para não prejudicar ou ferir alguém; não tenho prazer na mentira, mas nunca terei prazer em levar meu semelhante à vergonha pelo seu descuido.
Sou amigo, quero sempre ser amigo, mesmo que a deslealdade seja a marca dos que me cercam com falsos elogios, mesmo que me busquem por meros interesses, tenho a segurança que minhas virtudes sejam imutáveis.
Tenho paz, mesmo que as guerras se fixem ao meu redor, pois não abro mão da estrutura que há dentro de mim, preferindo rejeitar as sugestivas forças expressivas sem fundamentos.
Sou atento aos danos para consertá-los, sou sensível a dor para amenizá-la, sou paciente no caminho para não desviar do meu rumo.
Não sou um pássaro, mas uso a oração como asas; não sou um leão, mas o meu clamor pode ser como um forte rugido, que afugenta os meus adversários; não sou um rinoceronte, mas o ide de Cristo me determina a romper barreiras. Não sou incansável, mas sobrevoo na inspiração das águias.
Não sou veloz como um cervo, mas os ventos do Espírito aceleram meus passos;
Não sou lenha de fogueira e nem brasa acesa, mas o seu fogo arde em mim... Não sou um riacho, mas creio no que diz a escritura, de tal modo, que sinto rios de águas vivas, jorrarem no meu interior.
Não nasci pra sofrer e nem cresci pra derrota...
Nascemos pra chorar, mas já crescemos pra sorrir.
Você não pediu pra nascer e nem deve pedir pra morrer, mas já que pôde existir, resta saber viver... Se a vida é sofrida, sei... O mundo está um caos, também sei...
Tudo vai de mal a pior?! Também sinto muito por isso... O que não posso é acompanhar o ritmo da decadência, absorver o desprazer da violência, a estupidez da maledicência, tão pouco, maldizer alguém por influência.
Tape os ouvidos para a canção do tolo, pois não há harmonia nesse desafino e nem melodia para os acordes da impiedade.
Não dance ao som da ruína, não acompanhe os passos errados do retrocesso. Proteste pelo som da guerra, grite mais alto que o barulho da violência, denuncie os passos errados da corrupção, porém seja envolvido pelo gracioso balé, que salta acima da hipocrisia a acompanhar a suavidade daqueles que amam a vida, no movimento humanitário, aos belos saltos solidários, com a leveza da compaixão... Ah doce harmonia angelical ao som desse amor orquestral...
O equilíbrio são as pautas das belas notas e a sabedoria é a canção do céu, que faz uma grande orquestra dos convívios saudáveis, com os afinados instrumentos, entrelaçados ao som divinal, nos mantendo em aliança eternal.
Ainda que eu chore, quero sorrir pra você e quero que chore comigo.
Shalom!

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