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domingo, 12 de junho de 2022

A arte da vaidade na escultura do ridículo

A arte da vaidade com as cores da hipocrisia ou na escultura do ridículo.

Na história de Michelangelo um pintor, escultor, arquiteto e poeta italiano, encontramos um verdadeiro artista que marcou o mundo da arte. Ele foi um artista completo. Conta-se que, quando esculpiu a estátua de David quis que ela falasse, de tão perfeita que ficara. Sensível e fascinado pela arte, sua vida e dedicação, serviu de inspiração para muitos artistas posteriores.
Uma coisa posso perceber na perfeição da arte, ela nunca será real, que se não, apenas a imagem do real. Não pode falar, não pode sentir e não pode se mexer...
Deixa-me falar sobre a arte imitando a vida.
Sabe aquela lágrima que não é de tristeza e nem de alegria? São expressões da arte cênica; aquele drama que não são de sintomas reais? São cenas ludibriosas da arte cênica ou arte cínica da vida.
A arte da hipocrisia com as cores vivas e bem evidentes, a arte da cega vaidade que só quer chamar a atenção para si...
Posso entender uma arte imitando um ser humano que só falta falar, mas não posso compreender um ser humano imitando uma arte, que só falta calar... A criação é mais perfeita do que uma imagem que faz a projeção dela. A criação é o molde da arte, está acima da arte.
Imagine você preferindo a olhar o meu retrato do que o meu rosto, que pode sorrir e chorar no desenrolo das emoções.
Se eu virar um boneco, contendo pilhas ao invés de uma alma... Imaginou? Pois é... Se quero me parecer com um boneco, estou sendo um brinquedo, onde ninguém deve me levar a sério, sequer esperar de mim sentimentos ou expressões verdadeiras, pois faço da minha vida uma mera fantasia, limitada em minha aparência forjada... É como aquele quadro de uma linda paisagem a parede, que só fica bonito na parede, pendurado, preso e só enfeitando. Não passa disso... Uma arte da beleza real, meramente. Imagine você como um boneco parecido com gente... Não passará de uma arte da fisionomia real, um traço artificial, sem vida. Uma aparência de brinquedo, onde a leitura de quem se aproximar, não conseguirá ver emoções e verdades. Sempre a embalagem, descreve o produto e a composição do conteúdo. Enfim, o que é mais gostoso, ter um quadro com a imagem de uma linda nascente no meio da parede de tua casa, ou abrir a sua janela e contemplar a nascente viva, escutar o som das águas e até sentir o cheiro da brisa soprando perfume das pétalas no teu rosto?
O que é melhor, abraçar ou ser abraçado? Só dar ou também receber carinho?
Sejamos complementos da arte e não uma imitação a parte... Sejamos de fato perfeitos e originais, jamais uma imitação.
Já ouviu dizer que o original dura mais e que toda a imitação é vagabunda?
Esta imagem desse casal é só uma demonstração do reflexo humano hoje. Muitos saem do real, abraçando a arte da falsa aparência.
Não esqueça, você é a mistura da arte, um complemento de tudo mais belo que Deus fez.
Shalom!
Pr. Aroaldo de Oliveira

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