Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. Ef. 5:17
Como
você encara a vida de oração e dedicação plena para Deus, fanatismo ou
consagração?
Jesus não quer a nossa frieza e nos
deixou bem claro que, não tem prazer algum em que sejamos mornos:
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. (Apocalipse 3:16). Neste caso devemos ser fervorosos, noutras palavras, cristãos de verdade.
A pergunta é: O que é ser cristão de verdade, sem ser fanático? Vamos pensar?
Há um problema muito sério a ser tratado
no meio cristão, chamado inconstância espiritual. E já diagnosticando o tal problema,
trata-se da proliferação de entretenimentos desviando o propósito de muitos e
subtraindo o tempo de dedicação espiritual. Na verdade o entretenimento faz
mais parte da cultura ocidental do que da oriental, devido a essa diferença,
vemos a religião mulçumana se expandindo, ainda que com toda a prática do
radicalismo e de grupos que partem para violência, mas contudo, estão brigando
e destruindo com base no que acreditam. Fanatismo religioso vai surgindo,
quando a vida vai perdendo o valor e a crença vai se tornando mais preciosa que
a própria vida.
O contrário da proposta cristã, a fé
cristã só é válida de fato, quando o amor ao próximo se torna uma realidade e o
amor de Deus só é visível, se praticamos o amor nas ações do bem. O
cristianismo se associa ao compromisso com a vida, em busca da salvação do ser
humano. Sendo que a prática desse amor, não exclui o cuidado sobre si mesmo.
Pois amarás ao teu próximo como a ti mesmo...
O mundo avança no contexto carnal, da
frieza espiritual, associado muito mais ao que seja visível e transitório do que
para com as coisas espirituais e eternas. Aliás, o apóstolo Paulo distinguiu
isto muito bem quando disse: Porque os que são segundo a carne
inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as
coisas do Espírito. Romanos 8:5
Não existe comunhão entre a carne e o
espírito e por isso a nossa inclinação para o Espírito de Deus a fim de
fortalecer a vida interior, o nosso espírito humano, precisa ser uma
constância: Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e
estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. (Gálatas
5:17)
Sendo assim aconselhou-nos a olhar
para as coisas invisíveis... Está escrito: Não atentando nós nas coisas que se vêem,
mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não
vêem são eternas. 2 Coríntios 4:18. Sim, o mundo invisível e eterno
existe e precisa ser perceptível aos que buscam ao Senhor e reverenciam a sua
presença. Há uma promessa infalível ao que buscam: Clama a mim, e responder-te-ei, e
anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes. (Jeremias 33:3)
A triste realidade é que, a prática da
busca com dedicação firme, nas orações intensas com jejuns e súplicas, vem se
extinguindo no desenrolar dos tempos. Poucos são os agraciados que compreendem
a extrema necessidade de buscar a presença e o poder de Deus com fervor.
Um consagrado pregador e escritor Leonardo Ravenhill registrou uma declaração em seu livro “Por que Tarda o Pleno Avivamento” a seguinte exortação: Todo obreiro que se preza, se dedica no mínimo, duas horas de orações por dia. Infelizmente, não estamos percebendo esse tipo de exercício e dedicação espiritual na vida de nossos obreiros. Talvez alguém tente nos convencer que esteja fazendo isso todos os dias, sendo que, toda busca intensa pela presença e o mover de Deus, traz consigo frutos dignos, pois certamente a essência do Espírito será visível na vida de tal obreiro, não havendo necessidade de tentar convencer a alguém a respeito de suas buscas e seu fervor. Pelos frutos, conhecemos as arvores. Enfim, precisamos evitar a ignorância espiritual, pois a palavra de Deus sugere para que cresçamos tanto na graça, como no conhecimento de Deus (2 Pedro 3:18). Desta forma, devemos investir na inteligência bíblica, absorvendo o conhecimento a cerca do dons e assuntos espirituais, pois Deus é Espírito e precisamos entender melhor os seus propósitos e virtudes que nos atribuiu: Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. (1 Coríntios 12:1)
Pr. Aroaldo de Oliveira
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