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sábado, 4 de junho de 2022

Posso defender a fé, sem defender a moralidade e a honra?



Triste, mas este é o quadro cheio de contradições dos seguimentos religiosos e das organizações eclesiásticas, onde a fé é demonstrada através das ações de caridade, dos entrosamentos com os círculos de orações, vigílias e várias atividades na estrutura dos eventos, encontros e programações especiais, porém, em se tratando da vida individual de cada integrante desses movimentos de fé, a moral e reputação parece não fazer parte do seu testemunho de vida. A aparência é bem mais importante do que a sua integridade para com Deus que tudo vê. Mais importa a roupagem de crente diante das pessoas, do que a sua nudez diante de Deus.

Assim de fato vivem muitos crentes, aplicados a fé, mas sem compromisso com a reverência diante de Deus e acabam gerando escândalos e o afastamento de muitos que precisam do genuíno caminho da fé.

A sociedade moderna perde cada vez mais o conceito da moral e da honra, pois não há respeito aos bons princípios, na ideia apelativa e mundana sem moderações de que, o que vale é o que se quer, pouco importa o que pode e o que não pode; cada um vive como quer e ninguém tem nada a ver com isso...

Exatamente com esses pensamentos, o ser humano mergulha no abismo da inconsequência, aderindo tal liberdade sem imaginar que está sendo capturado na armadilha de argumentos libertinos e levianos. Lamentavelmente, influenciado por ideologias intelectualizadas, que resistem a lei moral e a própria consciência; ideologias essas, cheias de argumentos sem noção de valores, descomprometidas com a fé genuína e desinteressadas no caráter de Deus.

A origem da degeneração moral

De onde vem essa degradação? Sem dúvida, vem dos intelectuais recalcados e revoltados contra os fundamentalistas e conservadores. Pessoas altivas que resistem a lei moral, as regras, não respeitam os limites e os padrões normais. Elas relutam com todos os álibis, dizendo que todos são livres e devem lutar pela felicidade, e viverem como melhor se sentirem. Acontece que isso já vem acontecendo a séculos, todos lutam por momentos de felicidade, só que em caminhos tortos e por meios errados. Pessoas que querem ser ricas por meios ilegais; pessoas que querem a satisfação sexual pela deslealdade e por meios completamente ilícitos; pessoas que querem aclamações e destaques sem abrir mão da hipocrisia e do espírito de arrogância. Enfim, pessoas que querem atingir o ápice de suas buscas, com diversões, famas, brilhos e conquistas sem se importarem com os meios pelas quais chegarão. Vale tudo, não importa a moral; não importa as regras nem princípios. Será mesmo que não importa a própria consciência e muito menos Deus? Está escrito: “Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que, não há Deus.” Sl. 10:4. Acabam esquecendo que, “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” Prov.16:18

Exatamente nessa marcha desenfreada e sem noção dos exatos valores, o ser humano acumula sobre si, sofrimentos e dores, na ilusão de que esteja buscando a sua felicidade e sucesso. 

A verdade é que, não existe felicidade sem a sã consciência e não existe verdadeiras conquistas e sucesso, sem que seja por meios legais. Toda leviandade, libertinagem, desonestidade, trapaça, é imoral e não satisfaz o espírito humano.

Sobre a resistência da fé

O que cada um de nós precisa entender, é que, independente dos recalcados e revoltados por causa da tristes histórias sangrentas da religião no mundo, fomos criados com a capacidade de discernir o certo e o errado, o concebível e o inconcebível, ou seja, temos dentro de nós a lei moral e não há nada e argumento algum, que suplante a verdade implantada em nosso interior. O que precisamos, é defender a fé sem extinguir a moral e a honra, do contrário, estamos no caminho do engano, abraçando apenas um sistema religioso, sem abraçar o autor da fé, cuja vida e personalidade revela moral, honra e princípios que dignificam a vida.

1 - Uma denominação cristã, não deixa de ser um sistema religioso que, infelizmente se encontra afetado com a degradação do mundo. Logo, no seio da igreja encontramos pessoas de fé sem preocupação com a moral. Sendo assim, será possível agradar a Deus só por ser membro dedicado, ou é necessário viver as regras da moralidade?

2- Posso ter compromisso com Deus, sem nenhum compromisso com a reputação?

3 – Será que o excesso de imoralidade no mundo, na política e na mídia, ajuda a desviar a juventude e a influenciar pessoas do bem para perdição?

Pr. Aroaldo de Oliveira 

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